Abordagem teria ocasionado o ataque a um ônibus na Zona Norte de SP. Outras 7 pessoas foram detidas suspeitas de incendiarem o veículo.
Ônibus foi incendiado na manhã deste domingo (Foto: Fabiano Correia/ G1)
Seis policiais militares foram presos em flagrante por homicídio e
tentativa de homicídio após abordagem a dois suspeitos, que teria
ocasionado a morte de um deles e o ataque a um ônibus na Zona Norte de São Paulo
neste domingo (9). De acordo com o coronel Audi Felix, os PMs foram
detidos porque testemunhas da abordagem contaram versões diferentes das
apresentadas pelos policiais.Duas equipes participaram da ação. A primeira abordou os dois suspeitos e, segundo Félix, fez os disparos que mataram um dos rapazes. Depois, a outra equipe chegou ao local. Entre os PMs detidos, estão um tentente, um sargento, três soldados e um cabo, que serão levados para o Presídio Romão Gomes.
Em relação à abordagem que causou a prisão dos seis PMs, o coronel Félix disse que chegaram testemunhas com uma nova versão dos fatos. "Cabe ao delegado entender. E ele entendeu, dentro das convicções dele, que é o caso de fazer autuação em flagrante e delito”, explicou Félix. “Há contradição com o relato dos policiais militares. Eles são firmes em dizer que no momento do confronto não havia ninguém na via pública, mas tudo isso vai ser apurado”, complementou.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o jovem passou por uma cirurgia para retirar a bala e permanece internado na UTI do Hospital São Luiz Gonzaga, em estado estável, sob escolta policial.
Moradores da região relataram também que houve espancamento de outras pessoas durante a ação. Segundo a Secretaria da Saúde, o irmão do jovem que foi morto está internado no Hospital Vila Maria, com um trauma no maxilar, que seria decorrente de um confronto com um policial.
No entanto, o coronel Félix disse que não há informações sobre essa ocorrência. “Não há informação sobre nenhum espancamento de vítima. Eles [policiais da segunda equipe] chegaram depois e participaram tão somente do socorro da segunda pessoa baleada”, afirmou.
"Pessoalmente, fico triste com a notícia porque são companheiros e estavam trabalhando. Mas, infelizmente, a vida de um policial militar está sujeita a isso. Nós torcemos para que toda a verdade venha à tona, mas a PM não acoberta nenhuma ação indevida", concluiu. Além do inquérito policial, a PM também instaurou um inquérito administrativo para apurar os fatos.
Fonte: G1 Globo.com