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09 dezembro 2012

Piracicabana morta em aeroporto viajaria pela primeira vez de avião

Clarice da Costa nunca tinha viajado de avião ou ido para outro estado. Filha, também atropelada em calçada de Congonhas, segue internada.
 
Clarice da Costa, de Piracicaba, que morreu atropelada no Aeroporto de Congonhas em São Paulo (Foto: Acervo pessoal) 
Clarice morreu atropelada no Aeroporto de
Congonhas, em SP (Foto: Acervo pessoal)
A ida a Florianópolis (SC), no sábado (8), seria a primeira vez que a piracicabana Clarice da Costa, de 56 anos, entraria em um avião e faria uma viagem interestadual em companhia da filha, do genro e do neto. Ela chegou a fotografar o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), antes da viagem, mas não embarcou. Um Honda Civic sem controle subiu a calçada do aeroporto, atropelou Clarice e deixou a filha, Camila Ariele Turolla Carvalho, de 27 anos, ferida.

Clarice morreu na hora e o motorista do Civic, um rapaz de 23 anos, admitiu ter ingerido bebida alcoólica na noite anterior. Ele será indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar) e por tentativa de homicídio.
A porcentagem alcoólica no sangue do suspeito não era suficiente para que fosse caracterizado crime de embriaguez ao volante, mas ele foi autuado administrativamente por conduzir após ingerir bebida alcoólica.

Clarice da Costa, atropelada na entrada do Aeroporto de Congonhas, foi sepultada no Cemitério da Saudade, em Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1) 
Amigos e familiares acompanharam o enterro
neste domingo (Foto: Thomaz Fernandes/G1)
Durante o enterro de Clarice na manhã deste domingo (9), em Piracicaba (SP), familiares e amigos relembraram os dias que antecederam o acidente que levou a cuidadora de idosos à morte. "Ela era muito apegada ao neto e a filha vinha insistindo para que ela ficasse uns dias fora do trabalho para descansar", contou a madrinha de um dos filhos de Clarice e vizinha há 40 anos, Joana Gozzer, de 72 anos.
Apesar de um dos filhos de Clarice declarar perdão ao responsável pelo acidente, Joana pediu punição para o motorista. "Tinha que ficar na cadeia para o resto da vida. Se ele queria beber, que não saísse de carro. Era só não dirigir", afirmou a vizinha.
Fonte: G1 Globo.com