Clarice da Costa nunca tinha viajado de avião ou ido para outro estado. Filha, também atropelada em calçada de Congonhas, segue internada.
Clarice morreu atropelada no Aeroporto de
Congonhas, em SP (Foto: Acervo pessoal)
A ida a Florianópolis (SC), no sábado (8), seria a primeira vez que a
piracicabana Clarice da Costa, de 56 anos, entraria em um avião e faria
uma viagem interestadual em companhia da filha, do genro e do neto. Ela
chegou a fotografar o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), antes
da viagem, mas não embarcou. Um Honda Civic sem controle subiu a calçada
do aeroporto, atropelou Clarice e deixou a filha, Camila Ariele Turolla
Carvalho, de 27 anos, ferida.Congonhas, em SP (Foto: Acervo pessoal)
Clarice morreu na hora e o motorista do Civic, um rapaz de 23 anos, admitiu ter ingerido bebida alcoólica na noite anterior. Ele será indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar) e por tentativa de homicídio.
A porcentagem alcoólica no sangue do suspeito não era suficiente para que fosse caracterizado crime de embriaguez ao volante, mas ele foi autuado administrativamente por conduzir após ingerir bebida alcoólica.
Amigos e familiares acompanharam o enterro
neste domingo (Foto: Thomaz Fernandes/G1)
Durante o enterro de Clarice
na manhã deste domingo (9), em Piracicaba (SP), familiares e amigos
relembraram os dias que antecederam o acidente que levou a cuidadora de
idosos à morte. "Ela era muito apegada ao neto e a filha vinha
insistindo para que ela ficasse uns dias fora do trabalho para
descansar", contou a madrinha de um dos filhos de Clarice e vizinha há
40 anos, Joana Gozzer, de 72 anos.neste domingo (Foto: Thomaz Fernandes/G1)
Apesar de um dos filhos de Clarice declarar perdão ao responsável pelo acidente, Joana pediu punição para o motorista. "Tinha que ficar na cadeia para o resto da vida. Se ele queria beber, que não saísse de carro. Era só não dirigir", afirmou a vizinha.
Fonte: G1 Globo.com