A
prefeita afastada Micarla de Sousa completou um mês longe do cargo
nesta sexta-feira (30). Ontem (29), o desembargador Amaury Moura
Sobrinho cumpriu recomendação do ministro Campos Marques do Superior
Tribunal de Justiça, e determinou limite para o afastamento de Micarla
do cargo. A data é 31 de dezembro de 2012, quando já teria terminado o
mandato da prefeita.
A determinação do limite
ocorreu após uma negativa, por parte do STJ, de pedido de habeas corpus
de Micarla. Ao negar o pedido, o ministro também recomendou que fosse
determinado um limite para o afastamento. O Ministério Público
recomendou que a data limite fosse 31 de dezembro de 2012, e o
desembargador Amaury Moura acatou.
Ex-chefe de gabinete da Presidência em SP reclama de ex-diretor da ANA. Mensagens mostram tentativa de burlar vigilância do sistema financeiro.
Novos trechos de e-mails interceptados pela Polícia Federal (PF)
durante a Operação Porto Seguro mostram detalhes da engenharia
financeira da quadrilha suspeita de vender pareceres e fazer tráfico de
influência. Nas conversas, os integrantes do grupo usavam mecanismos
para enganar os órgãos de fiscalização. As trocas de mensagens também
mostram que a relação entre os investigados nem sempre foi tranquila.
O Jornal Nacional teve acesso a novos relatórios da PF (veja no vídeo acima),
que revelam que a relação da suposta troca de favores entre Rosemary
Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da
República em São Paulo, e Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor de
Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA), nem sempre foi amistosa.
Paulo chegou a ser preso durante a operação, mas conseguiu habeas corpus nesta sexta-feira (30).
Em e-mail de 22 de abril de 2009, com o título de “cobrança sem
fundamento”, Rosemary faz um relatório para Paulo Vieira sobre vários
assuntos e reclama:
“Não gostei nem um pouco de suas cobranças. O que não está andando além
da Anac? Bahia, caminhando bem. ANA, fiz tudo que você pediu, o que
mais você quer? BB os seus dois pedidos não dependem de mim, mas estão
muito bem encaminhados, eu te avisei que só serão resolvidos após a
posse da nova diretoria, que é amanhã. As pessoas precisam sentar na
cadeira nova e tomar pé do que está em jogo. Quanto ao pagamento que
está para chegar, considero que você não está me fazendo nenhum favor
(...) Não nasci ontem, não sou boba! Se você acha que não está correto,
aborte o envio dos 30 livros.”, diz o e-mail.
De acordo com a PF, toda vez que os suspeitos falam em livros, eles
querem dizer, na verdade, dinheiro. A queixa continua. “Quanto à viagem
de navio, considero que fica pela cota dos camarotes na Bahia no
carnaval dois anos seguidos. Então, pelo que você vê, meus pedidos são
em número maior, mas muito pequenos em relação aos seus! Tenha
paciência”, pede na mensagem.
Pelas datas de vários e-mails aos quais a PF teve acesso, é possível
entender alguns pontos desta mensagem. Em 9 de janeiro de 2009, o
empresário César Floriano, da empresa Tecondi, manda um e-mail para
Paulo.
Segundo a investigação da PF, Paulo atuava em favor de César.
“Compramos uma área na Bahia. Temos a intenção de reativá-la. O
presidente do nosso grupo gostaria de uma audiência com o governador.
Você tem como ajudar nesse agendamento?”, diz o e-mail.
Dezenove dias depois, Rosemary responde para Paulo. “Boa Paulo. Acertei
com o governador Jacques Wagner a audiência”, afirma a mensagem. Quando
fala da ANA, Rosemary se refere à indicação do próprio Paulo Vieira
para uma das diretorias. Durante a negociação do cargo, Paulo manda um
artigo para Rosemary. Ela responde. "Posso dar para o PR esse paper do
jeito que está?", pergunta. A expressão PR é usada para se referir ao
cargo de presidente da República.
A assessoria do governador da Bahia, Jacques Wagner, informou que ele
estava num evento público - e, por isso, não poderia falar sobre o
assunto.
Quatro meses depois, em dezembro de 2009, Rosemary pede a Paulo.
"Gostaria que você juntasse tudo que saiu na imprensa a seu respeito e
me enviasse. Quero mostrar ao PR.” A nomeação de Paulo para a diretor de
Hidrologia da ANA saiu em maio de 2010, com salário de R$ 23.890,85.
Procurada pela equipe de reportagem, a assessoria de imprensa do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que uma das funções do
escritório da Presidência em São Paulo é encaminhar materiais enviados
por qualquer pessoa ao presidente.
No mesmo dia em que Rosemary envia mensagem reclamando das cobranças,
Paulo e Rubens Vieira, irmão do ex-diretor e que ocupava um cargo na
direção da Anac, trocam um e-mail em que combinam esconder informações
de Rosemary. "Não fale muitas informações sobre o processo da BA com a
Rose, pois temos que abafar a 'pedição' de dinheiro, pois a amiga é uma
máquina de gastar", diz a mensagem.
Engenharia financeira
O jogo de palavras na troca de e-mails revela também uma parte da
engenharia financeira investigada pelos agentes federais. Paulo e o
irmão Rubens Vieira tentavam burlar os mecanismos de vigilância do
sistema financeiro.
Em 3 de agosto de 2011, Paulo orienta a mulher dele, Andreia, e um dos
irmãos, Marcelo Vieira. “Segue abaixo os dados para o depósito dos
recursos. Peço-lhe fazer em parcelas de até R$ 9 mil”, afirma. No mesmo
dia, a conta recebeu oito depósitos nesse valor. Cinco dias depois, mais
três depósitos. No fim do mês, outros seis.
A conta pertence à empresa P1, que está em nome da mãe e do cunhado de
Paulo Vieira. Ela tem sede em Condeuba, na Bahia, cidade natal de Paulo.
O valor de cada depósito era sempre menor do que R$ 10 mil. Acima desse
valor, o banco é obrigado a informar ao Coaf (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras).
A conta, aberta em julho de 2011 em uma agência da cidade de Cruzeiro,
interior de São Paulo, operou por quase quatro meses. Em novembro, o
banco Itaú mandou uma carta para a empresa em que diz: “informamos que,
por desinteresse comercial, iniciaremos o processo de encerramento de
sua conta”. Nos meses em que ficou aberta, a conta movimentou R$ 2,6
milhões.
A advogado de Paulo Rodrigues Vieira informou que seu cliente vai
analisar o processo e explicar suas movimentações financeiras. "“Ele
está analisando os autos e toda a documentação que for juntada. Ele
disse que vai apresentar explicações sobre todo o patrimônio dele, sobre
todas as movimentações financeiras. Assim que tiver acesso a todos os
autos. Evidentemente, como ele estava preso, não conseguiu analisar
todos os extratos bancários. No momento certo vai apresentar todas as
explicações a respeito”, disse Pierpaolo Bottini.
A empresa Tecondi informou que não tem negócios na Bahia. E, como desde
junho, passou para as mãos de um novo grupo, não pode responder pela
administração anterior. A assessoria do governador da Bahia, Jacques
Wagner, informou que ele estava num evento público e, por isso, não
poderia falar sobre o assunto. Os advogados de Rosemary Noronha, César
Floriano e Andreia Cristina Vieira não foram encontrados. Operação
A especialidade de Paulo Vieira, segundo as investigações da PF, era
fazer contatos entre empresários em dificuldades e funcionários públicos
que pudessem ser corrompidos.
A operação Porto Seguro cumpriu 26 mandados de busca e apreensão em São
Paulo e 17 no Distrito Federal na sexta-feira (23). Dezoito pessoas
foram indiciadas por suspeita de participação no esquema criminoso,
entre elas a então chefe de gabinete do escritório da Presidência da
República em São Paulo, Rosemary Noronha, e José Weber Holanda, número
dois na hierarquia da Advocacia-Geral da União (AGU).
No sábado (24), a presidente Dilma Rousseff determinou a exoneração ou
afastamento de todos os servidores envolvidos na operação Porto Seguro.
Fonte: G1 Globo.com.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto
Carvalho, afirmou nesta sexta-feira que a revelação da troca de e-mails
entre a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo,
Rosemary Nóvoa de Noronha, e integrantes do grupo investigado na
operação Porto Seguro, da Polícia Federal, não complica a situação do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
. Leia também: Rosemary disse a aliados que trataria de nomeações com Lula
"Não tem nenhuma complicação para o presidente Lula",
afirmou Gilberto Carvalho, ao chegar ao Ministério da Previdência para
uma reunião de trabalho com o secretário-executivo da pasta, Carlos
Gabas.
A operação atingiu também os irmãos Paulo Vieira, que foi
afastado da diretoria da Agência Nacional de Águas (ANA); e Rubens
Vieira, também afastado da diretoria da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac). Relatório de inteligência da Polícia Federal mostra
mensagens da ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo contando
aos ex-diretores Paulo e Rubens que iria consultar o "PR", referência ao
então presidente da República, sobre indicações para agências. Leia também: 'Nunca fiz nada ilegal', afirma ex-chefe de gabinete da Presidência
O ministro negou que tenha informado Lula da operação da
PF, que envolveu Rosemary, que é amiga de Lula e foi indiciada na ação
policial. A Operação Porto Seguro foi deflagrada pela Polícia Federal na
última sexta-feira (23) com o fim de desarticular organização criminosa
que se infiltrou em diversos órgãos federais para a obtenção de
pareceres técnicos fraudulentos.
Agência espacial dos Estados Unidos
convocou seus cientistas em uma conferência online para explicar que não
há fundamento na ideia de que o mundo vai acabar em dezembro
AFP/Nasa
Segundo a Nasa, se um planeta fosse colidir com a Terra em 21/12, hoje já seria visível a olho nu
Após receber uma enxurrada de cartas de pessoas
seriamente preocupadas com teorias que preveem o fim do mundo no dia 21
de dezembro de 2012, a agência espacial americana resolveu "desmentir"
esses rumores na internet.
Na quarta-feira (28), a Nasa fez uma conferência online com a
participação de diversos cientistas. Além disso, também criou uma seção
em seu website para desmentir que haja indícios de que um fim do mundo
esteja próximo.
Segundo o astrobiologista David Morrison, do Centro de
Pesquisa Ames, da Nasa, muitas das cartas expondo preocupações com as
teorias apocalípticas são enviadas por jovens e crianças.
Alguns dizem até pensar em suicídio, de acordo com o
cientista, que também mencionou um caso, reportado por um professor, de
um casal que teria manifestado intenção de matar os filhos para que eles
não presenciassem o apocalipse.
"Estamos fazendo isso porque muitas pessoas escrevem para
a Nasa pedindo uma resposta (sobre as teorias do fim do mundo). Em
particular, estou preocupado com crianças que me escrevem dizendo que
estão com medo, que não conseguem dormir, não conseguem comer. Algumas
dizem que estão até pensando em suicídio", afirmou Morrison.
"Há um caso de um professor que disse que pais de seus
alunos estariam planejando matar seus filhos para escapar desse
apocalipse. O que é uma piada para muitos e um mistério para outros está
preocupando de verdade algumas pessoas e por isso é importante que a
Nasa responda a essas perguntas enviadas para nós." Calendário maia
Um desses rumores difundidos pela internet justifica a crença de que o
mundo acabará no dia 21 dizendo que essa seria a última data do
calendário da civilização maia.
Outro rumor tem origens em textos do escritor Zecharia
Sitchi dos anos 70. Segundo tais teorias, documentos da civilização
Ssméria, que povoou a Mesopotâmia, preveriam que um planeta se chocaria
com a Terra. Alguns chamam esse planeta de Nibiru. Outros de Planeta X.
"A data para esse suposto choque estava inicialmente
prevista para maio de 2003, mas como nada aconteceu, o dia foi mudado
para dezembro de 2012, para coincidir com o fim de um ciclo no antigo
calendário maia", diz o site da Nasa.
Sobre o fim do calendário maia, a Nasa esclarece que, da
mesma forma que o tempo não para quando os "calendários de cozinha"
chegam ao fim, no dia 31 de dezembro, não há motivo para pensar que com o
calendário maia seria diferente – 21 de dezembro de 2012 também seria
apenas o fim de um ciclo.
A agência espacial americana enfatiza que não há
evidências de que os planetas do sistema solar "estejam se alinhando",
como dizem algumas teorias, e diz que, mesmo que se isso ocorresse, os
efeitos sobre a Terra seriam irrelevantes. Também esclarece que não há
indícios de que uma tempestade solar possa ocorrer no final de 2012 e
muito menos de que haja um planeta em rota de colisão com a Terra. ÚLTIMO SEGUNDO.
Personagens considerados secundários
tiveram condenações por alguns crimes acima das penas impostas a
personagens primários; STF deve discutir o assunto na próxima semana
Agência STFMinistros devem discutir na próxima semana assuntos pendentes no julgamento do mensalão
Um dos maiores exemplos é do Bispo Rodrigues,
ex-PL. Ele recebeu R$ 400 mil do esquema de Marcos Valério e foi
condenado a 3 anos de prisão. Já Valdemar Costa Neto, ex-presidente da
legenda da qual Rodrigues fazia parte, que recebeu R$ 10 milhões (25
vezes mais que Rodrigues) e, segundo o STF, ele também era responsável
pela distribuição dos recursos aos demais membros do partido, foi
condenado a dois anos e seis meses de prisão. No julgamento, os próprios
ministros reconheceram que Rodrigues tinha uma importância menor que
Valdemar.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa, na sessão de quarta-feira alertou para esse tipo de
incongruência. Ele classificou de "absurda" a pena contra Valdemar Costa
Neto. “Lembro que Valdemar Costa Neto recebeu, nessas inúmeras vezes, o
montante de mais de R$ 10 milhões e, pelos critérios que vêm sendo
adotados por este plenário - e que considero equivocados, por essa razão
estou fazendo esse adendo -, lhe foi aplicada a pena de dois anos e
seis meses de reclusão, que, a meu sentir, é o absurdo dos absurdos”,
declarou. Valdemar Costa Neto recebeu a mesma punição que os réus Pedro
Corrêa (PR-PE), Pedro Henry (PP-MT), Romeu Queiroz (PSD-MG) e José Borba
(PP-PR). Leia também: Ex-presidente do PP é condenado a mais de 9 anos de prisão Leia mais: STF livra políticos da base aliada de cumprir pena em regime fechado
As penas pelo crime de corrupção passiva destes foram,
por exemplo, bem inferiores à do ex-diretor de marketing do Banco do
Brasil Henrique Pizzolato. No mensalão, ele foi acusado de ter recebido
R$ 326 mil do esquema de Marcos Valério para facilitar a formalização de
contratos entre as empresas de publicidade de Valério com o Banco do
Brasil. Pelo crime de corrupção passiva, ele foi condenado a três anos e
nove meses de prisão.
Na visão de alguns ministros, o grande problema
verificado na fase de imputação de pena estava em uma dissintonia entre
aquilo que previu o ministro Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo
Lewandowski. O primeiro previa penas mais duras; o segundo, penas mais
leves. Em alguns desses casos, prevaleceu a tese do revisor. No caso do
Bispo Rodrigues, prevaleceu a tese do relator. O ministro Marco Aurélio
de Mello, por exemplo, acredita que, se o Supremo tivesse analisado o
nexo de causalidade de alguns crimes antes da imposição da dosimetria,
esse problema não teria ocorrido.
Na próxima semana, o Supremo pretende rediscutir algumas
penas dos condenados no mensalão para corrigir justamente essas
distorções. A ideia, entretanto, deve gerar novos debates já que ela não
é bem vista por ministros como Lewandowski, embora seja defendia
enfaticamente por Barbosa. Além de uma possível reanálise de algumas
penas, o Supremo também vai definir aspectos técnicos como perda de
mandato automática de parlamentares condenados. Último Segundo
A
Secretaria de Estado da Educação anunciou hoje (30) que haverá
convocação dos professores aprovados em concurso público. A terceira
convocação ocorrerá no dia 3 de janeiro, com o chamamento de 1.162
aprovados, com posse coletiva prevista para o dia 4 de fevereiro. De
acordo com o Governo do Estado, os professores já iniciarão o ano letivo
de 2013, no dia 18 de fevereiro, em sala de aula.
Além
do preenchimento de vagas que continuam abertas em algumas escolas,
outro fator que contribuiu para a terceira chama foi a saída progressiva
dos professores temporários, que devem deixar os quadros da Educação
até o início do próximo ano. Os contratos desses professores temporários
estão chegando ao fim e não podem ser renovados, uma vez que os
profissionais foram contratados por um ano, com prorrogação por igual
período, conforme determina a legislação.
Com
essa terceira chamada, o Governo do Estado terá convocado, para suprir
as necessidades das salas de aulas em todas as regiões do Rio Grande do
Norte, 3.119 professores aprovados no concurso da Educação. No início do
primeiro semestre, foram convocados 1.013 educadores e, no segundo
semestre, 944.
JN mostrou e-mails trocados entre Rosemary Noronha e servidores presos. Em um dos trechos, ela diz que nomeação depende de 'PR', que seria Lula.
A Polícia Federal interceptou durante investigações que resultaram na
operação Porto Seguro e-mails enviados entre 2009 e 2010 pela então
chefe do escritório da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, aos
irmãos Paulo e Rubens Vieira. Ambos foram presos pela PF na última sexta
(23), durante a deflagração da operação, acusados de integrar um
esquema de corrupção e tráfico de influência em órgãos públicos.
Os documentos, obtidos com exclusividade pelo Jornal Nacional (veja no vídeo acima),
mostram que, no período, Rosemary Noronha disse aos irmãos que usaria a
proximidade funcional com o presidente da República à época, Luiz
Inácio Lula da Silva, para influenciar na nomeação de ambos para
diretorias de duas agências reguladoras.
Os e-mails estão em 11 volumes de documentos que reúnem todos os
detalhes da investigação da PF. As mensagens são resultado da
interceptação, com autorização da Justiça, dos e-mails trocados por
Rosemary. Ela não teve o sigilo telefônico quebrado. Os documentos
obtidos pelo Jornal Nacional não revelam nenhum contato, por e-mail nem
por telefone, entre Rosemary e o ex-presidente Lula.
O advogado de Rosemary Noronha disse que ela repudia todas as acusações
que têm sido divulgadas pela imprensa e que tem certeza que sua
inocência será provada em juízo. Por meio de nota, Rosemary também disse
que enquanto trabalhou para o PT ou para a Presidência da República nunca fez nada ilegal, imoral ou irregular.
A assessoria do ex-presidente Lula e o advogado de Paulo Vieira não quiseram comentar o assunto. Teor dos e-mails
A troca de e-mails mostra, segundo a PF, como foi a articulação entre
Rosemary e Rubens Vieira, preso na Operação Porto Seguro, para conseguir
a nomeação dele para o cargo de diretor de Infraestrutura Aeroportuária
da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Em 20 de janeiro de 2009, Rosemary recebe um email de Rubens, em que
ele se oferece para o cargo. “Cara Rose, eu preencho todos os requisitos
para o cargo. Sou o corregedor-geral da agência desde agosto de 2006,
nomeado pelo presidente da República. (...) Fui professor na
Universidade Federal de Rondônia (...) publiquei diversos artigos em
jornais de grande circulação."
Rosemary responde: "Oi, Rubens. Vou tentar falar com o PR na próxima
terça-feira na sua vinda a São Paulo. Me envie seu currículo atualizado e
os artigos que o Paulo falou. Se você estiver aqui em São Paulo, posso
te colocar no evento na terça-feira à tarde. Pelo menos você cumprimenta
só para ele lembrar de você. Aí, eu ataco! Beijocas", afirma na
mensagem. A expressão “PR" é usada para se referir ao cargo de
presidente da República.
Na resposta ao e-mail, Rubens permite concluir que "PR" é mesmo o
presidente Lula. Ele diz: "Rose, seguem meus artigos publicados e meu
currículo. Acredito que outro argumento que podemos levar ao presidente é
que, como o corregedor tem como função fiscalizar a atividade
institucional da agência, ele tem uma ampla visão do seu funcionamento."
Rubens também trocou correspondências com o irmão Paulo Vieira,
apontado pela Polícia Federal como chefe do suposto esquema de
corrupção, que negociava pareceres jurídicos oferecendo propina e
favores a servidores públicos.
Em 21 de janeiro, de acordo com uma das mensagens, Paulo Vieira
demonstra interesse em um cargo no "turismo". Ele explica as razões, mas
pede calma ao irmão: "Lembre-se que o Turismo pode ser um lugar muito
bom para os nossos planos de poder na Bahia e em São Paulo, no tocante à
liberação de recursos. Mas a prioridade no momento é a diretoria da
Anac."
O advogado de Rubens Vieira afirmou que o fato de seu cliente
manifestar interesse em ocupar o cargo de diretor da Anac é
perfeitamente legal e ético.
A nomeação de Rubens Vieira para a Anac levou mais de um ano e meio
para sair. Em agosto de 2010, foi publicada no "Diário Oficial". O
salário de Rubens era de R$ 23.107,44. ANA
Antes mesmo que a nomeação saísse, Paulo Vieira escreveu a Rosemary pedindo emprego na Agência Nacional de Águas (ANA).
Num e-mail datado de 6 de abril de 2009, ele diz: "Prezada Rose, estou
enviando o meu currículo com as informações que eu considerei mais
pertinentes ao cargo da ANA, apesar de sabermos que o currículo não é
fator primordial. Eu penso que o líder do PT também talvez possa ajudar.
Desde já, grato."
Uma semana depois, em outro e-mail, Rose diz a Paulo: "Ok, já estou
agendando a conversa com o JD. A agenda com o deputado Vacarezza vai
ficar para o dia 24. Te aviso a hora". A Polícia Federal não esclarece
nos documentos quem é JD.
O deputado Cândido Vaccarezza (PT) disse que nunca se reuniu com Paulo
Vieira ou teve encontro político com Rosemary. Ele acrescentou que não
participou da indicação de nenhum diretor da Agência Nacional de Águas.
A nomeação de Paulo Vieira para o cargo de diretor de Hidrologia da
Agência Nacional de Águas levou um ano e um mês para ser publicado no
"Diário Oficial". O salário: R$ 23.890,30. Filha na Anac
Com Paulo e Rubens já nomeados para duas diretorias de agência
reguladoras, Rosemary pede a Paulo Vieira, em outro e-mail, que
interceda junto a Rubens Vieira para que a filha dela, Mirelle, seja
empregada na Anac.
A mensagem foi enviada por Rosemary em 8 de novembro de 2010, quando
ela participava de uma viagem na comitiva do então presidente Lula. Eles
estavam em Maputo, capital de Moçambique, onde Lula, entre outros
compromissos, visitou uma universidade.
Em um e-mail, Rose diz: "Bom dia, Paulo. A Mirelle já enviou os
documentos? Peço a gentileza de só nomeá-la depois que eu confirmar com o
PR. Estou em Maputo. Embarco para Seul na quarta-feira com ele. Aí,
após conversar, te aviso. Obrigada. Abraços, Rosemary."
Em outro email, Paulo diz: "Prezada Rose, saudações. A Mirelle me
entregou o currículo no domingo. Quando fui verificar, estava sem
assinatura. Vou ligar pra ela e ver como podemos pegar a assinatura,
pois vou a São Paulo nesta terça-feira. Abraço."
Em 1º de dezembro do mesmo ano, o "Diário Oficial" publicou a nomeação
da filha de Rosemary como assessora da Diretoria da Anac. O salário
dela: R$ 8.625,61.
Fonte: G1 Globo.com.
Ministério Público Estadual denunciou a então prefeita à Justiça por fraudes. Ela é acusada de esquematizar corrupção em sua própria administração.
Micarla de Sousa deixa o Salão Nobre da Prefeitura em sua última aparição pública em outubro passado (Foto: Ricardo Araújo/G1)
Há exatos 30 dias, a jornalista Micarla de Sousa deixava, através de
decisão judicial do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande
do Norte (TJ RN) Amaury Moura Sobrinho, o cargo de prefeita de Natal.
Micarla de Sousa foi acusada, pela Procuradoria Geral de Justiça, de
participar de um esquema de corrupção iniciado na Secretaria Municipal
de Saúde e que se ramificou em outras pastas que compõem a administração
da cidade, como a de Planejamento e a de Educação. Com o afastamento, o
então vice-prefeito Paulinho Freire assumiu a chefia do executivo
municipal e herdou problemas de ordem financeira e jurídica. Através de
nota publicada pela Prefeitura de Natal, Micarla de Sousa alega
inocência.
As primeiras tentativas de retomada do poder pela prefeita afastada,
com a impetração de recursos jurídicos, não surtiram o efeito desejado
pelos defensores de Micarla de Sousa, que é mantida afastada do Palácio
Felipe Camarão, sede do Executivo Municipal. O habeas corpus nº 259383,
protocolado pelo advogado Raffael Gomes Campelo junto ao Superior
Tribunal de Justiça, em Brasília, foi negado pelo ministro convocado
Campos Marques.
Paulo Lopo: "Não posso revelar o que estou
fazendo" (Foto: Ricardo Araújo/G1)
Raffael Campelo foi procurado pelo G1 para comentar a
decisão. Entretanto, está em viagem a Buenos Aires, na Argentina,
conforme informações do Escritório de Advocacia Erick Pereira, no qual
presta serviços. Já a Reclamação Constitucional, impetrada no Supremo
Tribunal Federal (STF) pelo jurista Paulo Lopo Saraiva, que também atua
na defesa da jornalista, ainda não foi apreciado pelo ministro Ricardo
Lewandowski.
"Nós não estamos parados. Estamos com uma reclamação no STF. Só não
podemos dizer o que estamos fazendo. Eu acredito no Direito e na
Constituição. Espero que a Constituição seja respeitada", assevera Paulo
Lopo Saraiva.
Esperamos que o veredicto saia em breve"
Paulo Lopo
A Reclamação referida pelo advogado foi protocolada junto ao órgão
máximo da Justiça brasileira dias após o afastamento de Micarla de Sousa
do cargo de prefeita de Natal. Até agora, entretanto, não foi analisado
pelo ministro Ricardo Lewandowski. "Esperamos que o veredicto saia em
breve", comenta Lopo Saraiva. Ele ressalta, ainda, a total confiança de
Micarla em seu trabalho. Pondera, porém, que pouco tem visto ou
conversado com a jornalista.
O G1 tem buscado (desde o início de suas atividades
jornalísticas no Rio Grande do Norte, em 17 de agosto deste ano) uma
entrevista com Micarla de Sousa. Ela, porém, não aceitou os convites
feitos via Secretaria Municipal de Comunicação. A herança da administração Micarla de Sousa
Rejeitada por mais de 95% da população natalense, conforme pesquisa do
Instituto Ibope publicada no mês de setembro passado, a jornalista
Micarla de Sousa deixou a Prefeitura de Natal endividada e a cidade com
problemas estruturais. Os postos de saúde desabastecidos, os salários
dos funcionários terceirizados atrasados, lixo acumulado pelas ruas,
além de vias esburacadas, ainda fazem parte do cenário da capital
potiguar. Os esforços do prefeito Paulinho Freire ainda não surtiram o
efeito desejado e foi preciso recorrer às Forças Armadas para viabilizar
a limpeza da cidade, segundo informação divulgada pelo próprio prefeito
nesta quinta (29).
Rebouças destaca as dificuldades financeiras e o
esforço da atual gestão (Foto: Ricardo Araújo/G1)
Para o procurador-geral do Município, Francisco Wilkie Rebouças, um
conjunto de situações contribuiu para o caos instalado em Natal. "A
constante rotatividade de secretários, a falta de formação técnica para a
execução de planejamento estratégico, a queda dos repasses federais e
as denúncias dos desvios de recursos públicos geraram uma série crise de
desconfiança entre os natalenses. A então prefeita, Micarla de Sousa,
perdeu credibilidade e a coisa fugiu do controle. A presença de Paulinho
Freire resgatou um pouco a confiança da população", afirma o
representante municipal.
Ainda de acordo com Francisco Wilkie, a Prefeitura de Natal passa por
um processo de reformulação na gestão e "a palavra de ordem é
transparência, expondo as vísceras do governo municipal". O
procurador-geral do Município comenta, ainda, que "o Município está
praticamente em colapso", com dificuldades financeiras antigos e falta
de recursos para a quitação das dívidas.
A estimativa do prefeito Paulinho Freire, conforme relatório preliminar
entregue ao Ministério Público em meados de novembro, é que a próxima
gestão assuma dívidas de 'restos a pagar' da ordem de R$ 150 milhões. O
valor, porém, poderá ser ainda maior. Dados publicados pelos
interventores judiciais da Urbana (Companhia de Serviços Urbanos) dão
conta que há um déficit de R$ 200 milhões no órgão referente ao acúmulo
de débitos em decorrência da má gestão. A transição entre os governos
Coordenador da equipe de transição da Prefeitura de Natal, Francisco
Wilkie Rebouças analisa como positiva a relação com o grupo nomeado pelo
prefeito eleito Carlos Eduardo. O objetivo primordial é garantir a
manutenção dos recursos destinados para as obras de mobilidade urbana em
Natal, cujos investimentos são estimados em aproximadamente R$ 700
milhões.
O trabalho da equipe de transição é louvável"
Francisco Wilkie Rebouças
"O trabalho da equipe de transição é louvável. Os recursos em jogo não
podem ser perdidos por falta de controle ou má administração. Natal não
pode se dar ao luxo de ter uma gestão ineficiente", pontua o
procurador-geral municipal. As equipes trabalham em torno da retirada do
Município de Natal do Cadastro Único de Convênios (Cauc), cuja
inscrição impede o repasse de recursos federais.
A coordenadora da equipe de transição de Carlos Eduardo, Virgínia Ferreira, também foi procurada pelo G1
para comentar o processo de levantamento das informações da
administração municipal. O telefone celular dela, porém, permaneceu
desligado ao longo desta quinta-feira (29).
Fonte: G1.com Rn
Treinador da seleção brasileira disse que declaração polêmica foi uma "má colocação"
Roberto Filho/News Free/Gazeta Press
Felipão já começou com polêmica na seleção
Depois da polêmica em torno de sua declaração sobre o
Banco do Brasil, o técnico Luiz Felipe Scolari teve que entrar em
contato com a entidade para se desculpar. Ele entrou pessoalmente em
contato com Aldemir Bendine para reparar sua declaração dada em coletiva
no início da tarde desta quinta-feira (29) e disse que não teve a
intenção de ofender e que foi somente “uma má colocação”.
Ao afirmar que jogador sem pressão não funciona, e que "se alguém achar
que tem muita pressão, que vá trabalhar em algum escritório ou no Banco
do Brasil", o técnico mexeu com o brio de uma entidade que patrocina o
voleibol nacional há quase duas décadas.
A resposta da direção do BB foi imediata.Em comunicado oficial distribuído à imprensa nesta, o Banco do Brasil
desejou sorte a Felipão na nova empreitada, mas se mostrou resignado com
a citação infeliz.
Veja abaixo o comunicado do Banco do Brasil sobre a reparação de Felipão:
“O técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Luiz Felipe Scolari, entrou
em contato nesta tarde com o presidente do Banco do Brasil, Aldemir
Bendine, para reparar declaração feita durante coletiva de imprensa
nesta manhã.
No contato, Scolari lembrou que é cliente do Banco do Brasil há mais de
30 anos e afirmou que não teve a intenção de ofender os funcionários do
Banco. “Eu estou lá é para pedir a colaboração do povo brasileiro à
Seleção e não pretendia ofender o pessoal do Banco do Brasil. Foi apenas
uma má colocação”.
Para Bendine, o episódio está superado e reiterou a Scolari o apoio dos
funcionários do BB. “Você vai ter aqui uma família de 116 mil pessoas
que estará torcendo pelo seu trabalho, que você seja muito feliz nessa
nova empreitada e que traga de volta aquela alegria que você nos deu em
2002”.”
Fonte: R7 . com
Os bens serão divididos apenas entre
as filhas do ator e diretor. Entre os imóveis uma casa na beira da praia
em Búzios e um apartamento milionário na Barra da Tijuca
O testamento de Marcos Paulo
, datado de 2005, é objetivo: todo o patrimônio do ator e diretor será
dividido em três partes iguais por suas três filhas, Vanessa, do
relacionamento com a modelo italiana Tina Serina, Mariana, da união com
Renata Sorrah, e Giulia, do casamento com Flávia Alessandra
.
Apesar
do documento não especificar os bens de Marcos Paulo é de conhecimento
público que o ator e diretor possuía um apartamento milionário em um dos
condomínios mais luxuosos da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de
Janeiro, e uma casa na beira da praia em Búzios, na Região dos Lagos.
Desde a morte do ator e
diretor, o inventariante do caso, João Paulo Lins e Silva, deu início ao
processo de levantar exatamente o que compreende o patrimônio de Marcos
para que, mais adiante, tudo possa ser dividido pelas herdeiras. Até o
momento nenhuma das filhas de Marcos fez solicitações especiais sobre
qualquer bem do pai.
Jornalista morreu na madrugada desta quinta-feira (29), na capital. Ele tinha 75 anos e mais de 55 anos de carreira.
Terminou por volta das 16h20 desta quinta-feira (26) a cerimônia de
cremação do corpo do jornalista Joelmir Beting, na Grande São Paulo. Aos
75 anos, ele morreu na madrugada desta quinta, na capital.
A cerimônia ocorreu no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra,
e foi aberta apenas para familiares. Mais cedo, o corpo de Beting foi
velado no Cemitério do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo.
O jornalista estava internado desde o dia 22 de outubro no Hospital
Israelita Albert Einstein, e, no domingo (25), sofreu um acidente
vascular encefálico hemorrágico. Nesta quarta-feira (28), o hospital
Albert Einstein informou que o jornalista estava em coma irreversível. 'Ele foi um maridão'
Durante o velório de Beting, a sua mulher, Lucila Beting, afirmou que
está se mantendo forte. “Hoje não é para mim um dia de luto. Estou muito
forte. Deus está me dando uma paz muito grande”, disse. A mulher também
relembrou o período em que permaneceu casada com o jornalista. “Ele foi
um maridão. Só me deu alegria. Procurava adivinhar as coisas que eu
queria. Ele me encheu de tranquilidade, foi um bom pai, um bom provedor,
meu companheiro de fé”, comentou.
Segundo Lucila, o casal iria completar 50 anos de casados no dia 14 de
abril. “Ele foi só um pouquinho antes. A gente comemora aqui e ele
comemora lá”, comentou.
O velório foi aberto ao público por volta das 10h15 e terminou às
14h15, quando o corpo foi levado para Itapecerica da Serra, onde foi
cremado.
O governador de São Paulo Geraldo Alckmin chegou ao velório por volta
das 10h15 para prestar suas homenagens ao jornalista. Segundo Alckmin,
Joelmir Beting tinha duas capacidades singulares. A primeira era o bom
humor. “Dizem que o estado de permanente bom humor é uma das melhores
provas de inteligência. Era uma pessoa bem humorada, com bordões
inteligentes, um humor fino”. A outra capacidade que o governador
destacou era a de “traduzir o ‘economês’ para a vida cotidiana, para a
vida prática das pessoas”.
Lucilia Beting afirmou que está se mantendo forte
após morte do marido (Foto: Letícia Macedo/G1)
O economista e ex-ministro da Fazenda Delfim Netto foi ao velório no
final desta manhã. “Eu me comovo porque é uma amizade muito longa. Eu
aprendi muito com ele. Em matéria de comunicação ele era absolutamente
imbatível”, disse. Questionado sobre as críticas que Beting fez à sua
polícia econômica, respondeu: “Quando ele era crítico, ele tinha razão”.
O deputado federal Paulo Maluf também prestou suas homenagens ao
jornalista no velório. “Ele foi mais do que um amigo. Foi para nós todos
um professor”, disse.
No início desta tarde, uma missa com amigos e familiares foi celebrada no cemitério. Carreira
Joelmir atuava como comentarista de economia no grupo Bandeirantes. Ele tinha mais de 55 anos de carreira.
Joelmir Beting nasceu em Tambaú, interior de São Paulo, em 21 de
dezembro de 1936. Em 1957, começou a estudar sociologia na Universidade
de São Paulo (USP) para fazer carreira no jornalismo. Em 1957, iniciou
carreira na editoria de esportes. Trabalhou nos jornais “O Esporte” e
“Diário Popular” e também na rádio Panamericana, que posteriormente
virou Jovem Pan.
Corpo de Joelmir deixa velório no Morumbi na
tarde desta quinta (Foto: Leticia Macedo/G1)
Em 1962, sociólogo formado, trocou o jornalismo esportivo pelo
econômico. Em 1968, virou editor de economia do jornal “Folha de
S.Paulo”. Em 1970, lançou sua coluna diária, que foi publicada durante
anos por uma centena de jornais brasileiros, com o timbre da Agência
Estado.
Em 1991, o profissional iniciou nova fase no jornal “O Estado de
S.Paulo”. A coluna foi mantida até 30 de janeiro de 2004. No mesmo ano
que ela foi lançada, em 1970, Joelmir também começou a passar
informações diárias sobre economia nas rádios Bandeirantes, CBN, Jovem
Pan e Gazeta e nas redes de TV Bandeirantes, Gazeta, Record e Globo, até
2003.
Em março de 2004 voltou ao grupo Bandeirantes. Permaneceu até hoje como
comentarista econômico nas rádios Band News FM e Bandeirantes, e também
do Jornal da Band, na TV. Também era um dos âncoras do programa de
entrevistas “Canal Livre”. Na Rede Globo, trabalhou por 18 anos.
Ele escreveu ainda dois livros: "Na prática a teoria é outra" e "Os juros subversivos".
Joelmir Beting deixa dois filhos: o publicitário Gianfranco e o jornalista esportivo Mauro.
O
presidente da CBF, José Maria Marín, anunciou oficialmente que Luiz
Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira passam a comandar a Seleção
Brasileira de Futebol como treinador e coordenador técnico,
respectivamente. O anúncio oficial foi feito hoje (29), durante
entrevista coletiva. No encontro com os jornalistas, Marín defendeu a
escolha da dupla campeã do mundo e enalteceu a qualidade dos treinadores
brasileiros.
Sem citar o nome de Pep
Guardiola, ex-treinador do Barcelona e que era cotado para assumir vaga,
Marin afirmou que o técnico tinha experiência como treinador de equipe,
e não de uma seleção, como eram os casos de Felipão e Parreira. Porém,
fez questão de enaltecer o trabalho do espanhol. "Apesar do treinador
estrangeiro merecer o maior respeito, o conhecia como treinador de uma
equipe, não de uma seleção. Isso não diminui o respeito a este
treinador, conhecido internacionalmente", disse.
Falando
em "valorização daquilo que é nosso", José Maria Marin discursou sobre
as conquistas dos cinco títulos mundiais do Brasil - todos com
treinadores brasileiros. Ele explicou que os treinadores do país foram
responsáveis pelo desenvolvimento e modernização do futebol em vários
locais do mundo e, por isso, precisam ser valorizados.
"Felizmente
o nosso país tem um número muito grande de técnicos competentes,
dedicados e merecedores desse cargo. Mais do que nunca nós devemos
valorizar aquilo que é nosso. Após uma profunda análise, pensando no que
seria o melhor para o futebol brasileiro, pensando também no principal
sustentáculo do nosso futebol, que é o torcedor brasileiro", disse.
Citando
Tite, Abel Braga, Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo, José Maria
Marín explicou o motivo pela escolha de Felipão e Parreira, a quem
erroneamente chamou de "Antônio Carlos Parreira". "Juntando todos os
requisitos, assumimos a responsabilidade de entregar o destino da
Seleção nas mãos competentes, na capacidade reconhecida, e na
experiência já testada através de títulos conquistados, quero garantir a
todos: estamos procurando fazer o melhor. Essa será a dupla que, se
Deus quiser, contando com o apoio do torcedor brasileiro, irá tornar
realidade o nosso grande sonho, de ser mais uma vez campeão da Copa do
Mundo", finalizou o presidente.
Felipão
agradeceu a deferência e disse que está ainda mais motivado para assumir
a Seleção Brasileira do que quando assumiu antes da Copa de 2002. Além
disso, ele agradeceu à CBF pela escolha de Parreira, afirmando que o
campeão do mundo de 1994 será fundamental para o trabalho.
"É
com bastante alegria que volta a trabalhar num grande projeto da
Seleção Brasileira, que é o Mundial de 2014. Feliz por ter ao meu lado
alguém que eu possa dividir os segundos da Seleção, que é o Parreira, e
colocar a vocês que o nosso projeto de mundial, que já havia iniciado há
muito tempo, é o objetivo principal", disse o novo treinador da
Seleção.
Na casa do suspeito, polícia encontrou drogas, metralhadora e dinamites. Polícia investiga se ele faz parte de facção criminosa.
Um homem foi detido nesta quarta-feira (28), em São Paulo, com uma
lista com nomes e a rotina de policiais militares. O suspeito, de 24
anos, foi preso em casa, no Jardim Macedônia, na Zona Sul.
Os investigadores chegaram até o local depois de uma denúncia anônima.
Junto com as informações dos PMs foram apreendidos 17 kg de cocaína, uma
metralhadora e cinco bananas de dinamite.
O suspeito foi autuado por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de
fogo. A polícia investiga se ele faz parte de uma facção criminosa.
Outro caso Na terça-feira (27), a polícia divulgou
documentos que comprovariam que uma facção criminosa mandou executar
policiais. Os documentos foram encontrados na casa de Cícero Machado
Lopes, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Ele é apontado como
chefe do tráfico de drogas na região de Mogi das Cruzes, região
metropolitana da capital. A polícia chegou até ele por meio de uma
denúncia.
Entre os documentos encontrados, está uma carta manuscrita em que
supostamente Cícero relata ter matado um policial militar. Outro
documento, atribuído a uma facção criminosa que age a partir dos
presídios, seria uma determinação para execução de policiais militares. A
contabilidade do tráfico também estaria entre os papéis apreendidos
Desde o início do ano, 95 policiais militares foram mortos no estado;
76 deles estavam na ativa, mas a maioria morreu em dia de folga. Uma das
vítimas é soldado Joaquim Cabral de Carvalho. A morte dele pode ser
esclarecida depois da prisão de Cícero. Segundo a polícia, uma das
cartas supostamente encontrada na casa de Cícero traz detalhes do
assassinato do PM, que teria sido provocado por causa de um som alto em
um baile funk.
Fonte: G1 Globo.com
Vaptvuptnews hoje externa o sentimento de pesares à familia de D. Ana Dantas (Ana de Oscar), com 89 anos, que hoje nos deixou partindo para a eternidade, ela é a mãe do radialista Iranildo Dantas, de Ivanildo Dantas , Iranir Dantas, Ionaldo Dantas e Ivonete Dantas, mas desejamos que Deus dê conforto, e força a família para superar essa dor,
O sepultamento será hoje às 16:00 hs, saindo o féretro de sua casa à rua: Félix Pereira Nº 27, Cruzeta-RN.
Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá;
( João: 11;25)
Ele estava internado desde o dia 22 e no domingo (25) sofreu um AVE.Joelmir tinha 75 anos e mais de 55 anos de carreira.
Morreu no início da madrugada desta quinta-feira (29) o jornalista
Joelmir Beting, aos 75 anos. Ele estava internado desde o dia 22 de
outubro no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e, no
domingo (25), sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico (AVE).
Nesta quarta-feira (28), o hospital Albert Einstein informou que o jornalista estava em coma irreversível.
O corpo de Joelmir Beting será velado a partir das 8h, no Cemitério do
Morumbi, na Zona sul. O velório vai ser aberto ao público. A cremação
ocorrerá no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande
São Paulo, às 16h, numa cerimônia restrita à família. Veja imagens da carreira de Joelmir Beting
Seu filho, o também jornalista Mauro Beting, divulgou na rede social Facebook o horário da morte do pai, e escreveu: “um minuto de barulho por Joelmir Beting: 21 de dezembro de 1936 - 0h55 de 29 de novembro de 2012”. Mauro estava no ar, na Rádio Bandeirantes, quando soube da morte do pai, e leu uma carta.
Joelmir Beting e sua mulher, em NY.
(Foto: Alcyr N. da Silva/Folhapress)
Joelmir atuava como comentarista de economia no grupo Bandeirantes. Ele tinha mais de 55 anos de carreira.
Joelmir Beting nasceu em Tambaú, interior de São Paulo, em 21 de
dezembro de 1936. Em 1957, começou a estudar sociologia na Universidade
de São Paulo (USP) para fazer carreira no jornalismo. Em 1957, iniciou
carreira na editoria de esportes. Trabalhou nos jornais “O Esporte” e
“Diário Popular” e também na rádio Panamericana, que posteriormente
virou Jovem Pan.
Em 1962, sociólogo formado, trocou o jornalismo esportivo pelo
econômico. Em 1968, virou editor de economia do jornal “Folha de
S.Paulo”. Em 1970, lançou sua coluna diária, que foi publicada durante
anos por uma centena de jornais brasileiros, com o timbre da Agência
Estado.
Morre o jornalista Joelmir Beting. (Foto: Reprodução Globo News)
Em 1991, o profissional iniciou nova fase no jornal “O Estado de
S.Paulo”. A coluna foi mantida até 30 de janeiro de 2004. No mesmo ano
que ela foi lançada, em 1970, Joelmir também começou a passar
informações diárias sobre economia nas rádios Bandeirantes, CBN, Jovem
Pan e Gazeta e nas redes de TV Bandeirantes, Gazeta, Record e Globo, até
2003.
Em março de 2004 voltou ao grupo Bandeirantes. Permaneceu até hoje como
comentarista econômico nas rádios Band News FM e Bandeirantes, e também
do Jornal da Band, na TV. Também era um dos âncoras do programa de
entrevistas “Canal Livre”. Na Rede Globo, trabalhou por 18 anos.
Ele escreveu ainda dois livros: "Na prática a teoria é outra" e "Os juros subversivos".
Joelmir Beting deixa dois filhos: o publicitário Jean Franco e o jornalista esportivo Mauro.
Joelmir Beting. (Foto: Fernando Sampaio / Estadão Conteúdo)
Jornalista sofreu acidente vascular encefálico no domingo (25). Segundo boletim médico, ele está em coma e respira por aparelhos.
Joelmir Beting e sua mulher em Nova York; coma é
irreversível (Foto: Alcyr N. da Silva/Folhapress)
O jornalista Joelmir Beting, de 75 anos, está em coma irreversível,
informou nesta quarta-feira (28) o Hospital Israelita Albert Einstein.
Internado desde 22 de outubro no centro médico de São Paulo, para
tratamento de doença autoimune, ele sofreu um acidente vascular
encefálico hemorrágico no domingo (25).
Segundo boletim médico divulgado nesta quarta pelo centro médico, ele
respirava com auxílio de aparelhos. O jornalista está clinicamente
estável, mas seu estado de saúde é considerado grave.
Joelmir é natural de Tambaú, pequena cidade do interior de São Paulo.
Sociólogo de formação, trabalha com jornalismo há mais de 50 anos,
principalmente na área econômica. Atualmente, trabalha no Grupo
Bandeirantes.
Confira, abaixo, a íntegra do boletim: BOLETIM MÉDICO
(São Paulo, 28 de novembro de 2012, 13h)
O Sr. Joelmir Beting (jornalista) segue internado no Hospital Israelita
Albert Einstein, em estado de coma, decorrente de acidente vascular
encefálico (AVE) hemorrágico e respira com auxílio de aparelhos. O paciente está clinicamente estável, porém seu estado é grave e irreversível. Médico Responsável
Dr. Antônio Carlos Lopes – cardiologista, clínico geral
O ex-goleiro do Flamengo e mais oito pessoas são réus
no processo que investiga o desaparecimento e suposto homicídio de
Eliza Samudio
Advogado Ércio Quaresma
(Facebook/Ércio Quaresma)
O advogado Ércio
Quaresma, ex-defensor do goleiro Bruno – preso em Belo Horizonte (MG),
acusado de participar da morte da ex - namorada Elisa Samudio, disse que
não vai comentar a pena imposta pela justiça ao amigo de Bruno,
conhecido como Macarrão e, muito menos sobre seu ex-cliente, o jogador
do Flamengo (com contrato suspenso).
“Eu não posso comentar o
assunto por uma questão de ética, até porque o defensor dele é meu amigo
e somos vizinhos de escritórios em Belo Horizonte. Não posso comentar,
até porque o julgamento ainda não acabou, Seria faltar com a ética”,
afirmou Ércio Quaresma.
Depois que deixou o caso Bruno Ércio
mudou-se para Manaus onde montou um escritório, mas segundo ele, o
negócio em Manaus não prosperou e ele preferiu voltar para Minas Gerais.
“Espero numa próxima oportunidade voltar para trabalhar em Manaus, mas no momento estou em Belo Horizonte (MG) e acompanhando tudo
de perto. Quando acabar o julgamento de todas as pessoas envolvidas no
episódio, quem sabe que comente alguma coisa, mas agora eu não posso
fazer isso”, disse. Crimes de grande repercussão
O
advogado é conhecido por defender réus envolvidos em crimes de grande
repercussão. Um de seus clientes foi o fazendeiro Vitalmiro Bastos de
Moura, o Bida, condenado a 30 anos de prisão por ser o mandante do
assassinato da missionária Dorothy Stang, assassinada a tiros em
fevereiro de 2005.
Quaresma também ficou conhecido por defender o
borracheiro Fábio William da Silva Soares, que em janeiro de 2010, matou
a ex-mulher, a cabelereira Maria Islaine de Moares.
Ingrid Calheiros, noiva de Bruno
Fernandes, disse ao O DIA que jogador ficou triste com depoimento de
ex-amigo e agora irá concentrar forças para provar inocência no caso
Eliza
Vagner Antônio/TJMG
Bruno recebe um beijo da noiva, Ingrid Oliveira, após o fim do 2º dia do julgamento do caso Eliza Samudio
Após cerca de 30 minutos de negociação
ao vivo, durante o programa Brasil Urgente, homem libertou a mãe e a
irmã. Na sequência, apresentador deixou o programa: "Estou arrebentado"
Imagem da casa onde o homem fazia a mãe e a irmã reféns
Após a rendição, Datena deixou a condução do programa,
que passou a ser apresentado pelo jornalista Márcio Campos. "Eu estou
arrebentado. Esse tipo de programa exige muta carga emocional. Eu estava
temendo pela vida das pessoas. Não é uma atitude que eu deva tomar
(negociar), mas tive que ajudar", disse Datena antes de deixar o
programa.
O homem ficou em contato telefônico com o apresentador do
programa Brasil Urgente e pedia, para libertar a família, proteção
familiar e que não ficasse em preso em Diadema. O apresentador diz que
falaria com governador de São Paulo e com o secretário de Segurança
Pública para dar proteção a ele.
Segundo Datena, foi a Polícia Militar que solicitou que o
apresentador ajudasse na negociação, a pedido de Joel. Antes de deixar o
programa, ele reafirmou que essa não era, em sua opinião, uma medida
que deva ser repetida. "Peço desculpas a todos. Mas esse não é melhor
forma de se fazer (negociação)". ÚLTIMO SEGUNDO!
Deputado deve ir para prisão; STF ainda decidirá sobre perda de mandato.Ex-presidente da Câmara foi condenado por corrupção, lavagem e peculato.
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu nesta quarta-feira (28) a pena
do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara
dos Deputados. Ele foi condenado no processo do mensalão por corrupção
passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
A pena somou 9 anos e 4 meses de reclusão, mais multa de R$ 370 mil.
Pelo Código Penal, ele deve cumprir a pena em regime fechado, em prisão
de segurança média ou máxima. O Supremo ainda definirá na semana que vem
se João Paulo Cunha deve perder o cargo de deputado.
Embora o STF tenha a prerrogativa de cassar um mandato, há controvérsia no Congresso sobre como ocorreria o processo.
Na visão de alguns parlamentares, entre eles o presidente da Câmara,
deputado Marco Maia (PT-RS), mesmo que o tribunal condene um deputado à
perda do mandato, a Mesa Diretora ou partidos com representatividade no
Congresso terão de pedir abertura de processo disciplinar.
João Paulo Cunha foi acusado de receber R$ 50 mil no ano de 2003,
quando era presidente da Câmara, para beneficiar agência de Marcos
Valério em contratos com a Casa.
Conheça as penas definidas pelo Supremo para João Paulo Cunha: Corrupção passiva: 3 anos de reclusão, mais multa de
R$ 120 mil, o equivalente a 50 dias-multa no valor de 10 salários
mínimos (no montante vigente à época dos fatos, de R$ 240). Peculato: 3 anos e 4 meses de reclusão, mais multa de
R$ 130 mil, o equivalente a 50 dias-multa no valor de 10 salários
mínimos (no montante vigente à época dos fatos, de R$ 260). Lavagem de dinheiro: 3 anos de reclusão, mais multa
de R$ 120 mil, o equivalente a 50 dias-multa no valor de 10 salários
mínimos (no montante vigente à época dos fatos, de R$ 240).
Em duas penas (corrupção passiva e peculato) prevaleceu o voto do
ministro Cezar Peluso, que se aposentou no fim de agosto. Ele condenou
João Paulo Cunha na primeira etapa do julgamento e deixou a pena pronta.
Peluso estabeleceu penas menores que o relator da ação penal, Joaquim
Barbosa. Novo ministro e voto de Britto
O advogado de João Paulo Cunha, Alberto Toron, pediu que, como somente
cinco ministros poderiam votar na pena do deputado para lavagem de
dinheiro (dos nove presentes, quatro absolveram), se aguardasse a
chegada de Teori Zavascki, que toma posse nesta quinta (29).
O regimento estabelece quórum mínimo de seis votos, mas o ministro
Joaquim Barbosa entendeu que o número era o necessário para a
instauração de sessão, e não para a definição da pena.
"Não podemos criar a situação exdrúxula de ter um ministro votando pela
condenação e outro pela dosimetria", afirmou Joaquim Barbosa.
Para o ministro Marco Aurélio Mello, o voto de Ayres Britto, que
condenou João Paulo Cunha, mas não deixou a pena estabelecida, pode ser
considerado nulo, o que provocaria um empate do caso do réu em relação à
lavagem.
O placar pela condenação de Cunha no crime ficou em 6 a 5. Condenaram
Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Absolveram Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cezar Peluso e
Marco Aurélio Mello. Para Marco Aurélio, caso o voto de Ayres Britto
sem a dosimetria (tamanho da pena) não fosse considerado, haveria um
empate de cinco a cinco que favoreceria Cunha.
Joaquim Barbosa, porém, negou o pedido. Ele chegou a consultar a corte, mas decidiu sozinho indeferir a questão de ordem.
Lewandowski e Marco Aurélio questionaram e afirmaram que o tema deve ser levado ao plenário.
“Desde o primeiro dia de julgamento o presidente Carlos Ayres Britto
decidiu solitária e monocraticamente as questões de ordem”, observou
Barbosa. “Sim, mas causou espécie na comunidade jurídica”, rebateu
Lewandowski.
O ministro com mais tempo de corte, Celso de Mello, lembrou Lewandowski
que o regimento do Supremo dá ao presidente do STF autonomia para
decidir monocraticamente ou em conjunto as questões de ordem.
“Ministro Lewandowski, vossa excelência me desculpe, mas o regimento me
dá o poder de decidir”, afirmou Barbosa, tentando encerrar a discussão.
Os ministros Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli
pediram para registrar em ata que pediram que a questão fosse decidida
coletivamente. O ministro Gilmar Mendes saiu em defesa de Barbosa e
pediu para consignar que não considera necessário que o presidente do
Supremo submeta o questionamento aos colegas.
“Se acatássemos a questão de ordem chegaríamos a um resultado absurdo”, disse Gilmar Mendes.
O ministro Joaquim Barbosa, então, criticou Ayres Britto por ele não
ter apresentado os cálculos das penas antes de se aposentar
compulsoriamente. “Tenho que dar explicações a vossas excelências e à
nação. Eu insisti várias vezes para que o ministro Britto deixasse o seu
voto, mas o ministro esqueceu”, disse.
Barbosa também criticou a postura de Lewandowski de insistir para que
ele não decidisse sozinho a questão colocada pelo advogado de João Paulo
Cunha. "Vossa excelência está se insurgindo contra presidência da
corte", disse Joaquim Barbosa. Lewandowski negou. "De maneira nenhuma.
Eu tenho o maior respeito", disse.
Celso de Mello afirmou que, como outro integrante do tribunal colocou o
tema em discussão, o tema deveria ser levado ao plenário. Para forçar a
submissão da questão de ordem ao plenário, os ministros Marco Aurélio e
Lewandowski disseram que eles próprios estariam colocando a questão em
discussão. Neste caso, segundo o regimento, o caso precisaria ser
resolvido pelo colegiado.
Joaquim Barbosa disse, então, que diante da "insistência" da corte,
levaria o caso à discussão. Ele colocou em discussão, então, se o
presidente pode responder a questão de ordem sozinho ou se deveria
submeter o plenário nesse caso. Os ministros decidiram que somente os
cinco ministros que sobraram poderiam fixar a pena. Todas as penas
João Paulo Cunha (PT-SP) foi o último dos 25 réus condenados no
processo do mensalão a ter a pena calculada pelo Supremo. Segundo os
ministros, as punições ainda serão ajustadas de acordo com o papel de
cada um no esquema.
Os ministros ainda precisam deliberar sobre a perda de mandato para os
três deputados federais condenados e sobre o pedido de prisão imediata
feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. G1 globo.com
Falta definição de penas a três réus, entre ele o delator do mensalão.Ministros ainda vão discutir pedido de prisão imediata e perda de mandatos.
Começou às 14h21 desta quarta-feira (28) sessão do Supremo Tribunal
Federal (STF) que deve concluir a fase de dosimetria (tamanho das penas)
do processo do mensalão. Falta apenas a definição das punições para
três réus: o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-secretário
do PTB Emerson Palmieri e o delator do esquema, Roberto Jefferson (PTB).
Depois, os ministros ainda precisarão discutir as questões pendentes do
julgamento, como a perda dos mandatos para os três deputados federais
condenados – João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry
(PP-MT) –, o ajuste das penas e multas, a possibilidade de redução da
pena no caso de confissão e o pedido de prisão imediata feito pelo
procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Os
ministros Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Rosa
Weber, durante análise do processo do mensalão (Foto: Gervásio
Baptista/SCO/STF)
O julgamento começou em 2 de agosto e já dura quase 4 meses. A
expectativa é de que termine na semana que vem. Durante a análise da
ação penal, o Supremo entendeu que houve um esquema de compra de apoio
político durante os primeiros anos do governo Lula. Dos 37 réus, 25
foram condenados.
A discussão sobre a redução de pena no caso de confissão deve ser feita
durante a definição da pena de Roberto Jefferson. Durante a sessão de
segunda (26), o ministro Joaquim Barbosa antecipou que somente Jefferson confessou crimes no processo do mensalão.
"Com exceção do Roberto Jefferson, nenhum réu confessou. Todos
admitiram o recebimento de somas milionárias, mas deram ao recebimento
outra classificação [caixa dois]", disse o relator Joaquim Barbosa.
Entre as outras questões pendentes, promete ampla discussão a decisão sobre a cassação de mandato, segundo prevêem os próprios ministros. Embora o STF tenha a prerrogativa de cassar um mandato, há controvérsia no Congresso sobre como ocorreria o processo.
Na visão de alguns parlamentares, entre eles o presidente da Câmara,
deputado Marco Maia (PT-RS), mesmo que o tribunal condene um deputado à
perda do mandato, a Mesa Diretora ou partidos com representatividade no
Congresso terão de pedir abertura de processo disciplinar.
Outro tema pendente é o pedido de prisão imediata. O procurador-geral
quer que o Supremo determine a prisão imediata dos condenados. O revisor
do processo do mensalão, ministro Ricardo Lewandowski, disse que está
"pacificado" no tribunal que deve-se aguardar o trânsito em julgado do
processo, quando não há mais possibilidade de recursos.
“Eu acho que isso [prisão imediata] é uma questão pacificada no
tribunal. Antes do trânsito em julgado dificilmente [será autorizada].
Eu não me lembro desde que eu estou aqui de ter concedido, deferido uma
prisão antes do trânsito em julgado", disse o revisor nesta terça (27).
Os ministros Marco Aurélio e Celso de Mello destacaram durante o
julgamento que querem analisar também se houve continuidade delitiva em
crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção
passiva. Se o Supremo entender que sim, vai considerar como um único
crime e não somará as penas, mas sim aumentar a pena mais alta.
O revisor disse que vai levar ao plenário proposta de revisão das
multas de acordo com o tamanho das penas. Para ele, quem teve a pena
maior deve também ter multa maior. Se não houver alteração, por exemplo,
o sócio de Marcos Valério Ramon Hollerbach, que pegou 29 anos, terá de
pagar uma multa maior que o próprio Valério, apontado como operador do
esquema do mensalão e que foi condenado a mais de 40 anos. G1 globo.com